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O que é um Hábito?

Adaptado do livro “O poder do hábito” de Charles Duhigg

Hábito é um padrão de reação adquirido por aprendizagem social, relativamente estável, facilmente evocado e difícil de eliminar (Dicionário Técnico de Psicologia – Álvaro Cabral e Eva Nick). São escolhas que fazemos e depois automatizamos, passando a executá-las sem pensar. Aparentam escolhas fruto de pensamento mas, na verdade, são resultados de impulsos, de anseios. A formação de um hábito segue um ciclo de 3 etapas: “Deixa”“Rotina” e “Recompensa”, como mostrado no diagrama abaixo.

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Uma vez formado o padrão repetitivo que caracteriza o hábito, a pessoa associa a “Deixa” diretamente à “Recompensa” e sua simples presença cria um anseio que movimenta o ciclo. O anseio coloca o hábito em ação ao mesmo tempo que o reforça. Na maior parte das vezes, o anseio surge tão gradualmente que não estamos de fato cientes de sua existência e não enxergamos sua influência. Hábitos especialmente fortes, geram reações semelhantes às dos vícios, o desejo evolui para o anseio obsessivo, mesmo diante de fortes desencorajamentos (perda de reputação, emprego, família).

COMO É CRIADO O HÁBITO?

Os hábitos surgem por que o cérebro procura continuamente maneiras de poupar esforço e economizar energia. Esse instinto é uma enorme vantagem evolutiva. Aumenta a eficiência do cérebro que não precisa pensar e reavaliar situações conhecidas: escolher o que comer, andar e também executar rotinas complexas como dirigir. Armazenamos dessa forma inúmeros padrões de comportamento automatizados que podemos usar sem sobrecarregar o cérebro. Utilizá-los e “desligar” a capacidade de pensar e analisar do cérebro no momento errado, porém pode ser fatal. Atravessar uma rua que é mão inglesa, sem pensar, por exemplo. A beleza da perfeição evolutiva que alcançamo uniu a este poderoso sistema economizador de energia a capacidade de reconhecer e discriminar quando usar ou não as “Rotinas”economizadoras.

“Deixa” que inicia o ciclo do hábito é o estímulo recebido por nosso cérebro que reconhece a situação conhecida e já avaliada e permite com segurança usar o padrão já automatizado em “Rotina” armazenada. Finalmente o ganho obtido com a economia de esforço funciona como uma “Recompensa”que encerra o ciclo e reforça a decisão de memorizar e automatizar a “Rotina”. Os hábitos são poderosos mas surpreendentemente delicados.

ONDE SÃO ARMAZENADOS OS HÁBITOS?

Segundo Dr. Paul MacLean o cérebro humano está dividido em três partes, ou seja três cérebros num só. A primeira parte a se desenvolver evolutivamente é o cérebro primitivo. Responde pelas necessidades básicas e essenciais como fazer a digestão, o sono, respirar ou assegurar o batimento cardíaco. É a parte do cérebro responsável pelas ações de caráter mecânico e instintivo. A segunda parte é o cérebro intermediário, comum a todos os mamíferos. Responde pelas emoções e sentimentos. A terceira parte é o neocórtex ou cérebro superior. Responsável pela consciência e raciocínio lógico. Distingue os humanos dos outros animais dando-lhe a posição de ser superior. Para Charles Duhigg, em “O Poder do Hábito”, os hábitos residem nos gânglios basais e no tronco cerebral. Os gânglios basais armazenam os hábitos mesmo enquanto o resto do cérebro adormece. Sem eles perdemos acesso às centenas de hábitos dos quais dependemos todos os dias.

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COMO MUDAR O HÁBITO?

A regra de ouro para mudança de hábitos é:

  1. Manter a mesma “Deixa”(Simples),
  2. Manter mesma “Recompensa”(Clara),
  3. Introduzir uma nova “Rotina”(Viável).

Em outras palavras, é mais fácil convencer alguém a adotar um novo comportamento se existe algo familiar no começo e no fim: as “Deixas” e as “Recompensas” continuam as mesmas só mudam as “Rotinas”, os comportamentos. A existência de uma deixa e uma recompensa porém, não são suficientes para que estabelecer um novo hábito. Os três componentes do ciclo são necessários. Inúmero estudos demonstraram que uma parte do processo de formação do hábito é subjetiva, invisível. Quando o cérebro associa a “Deixa” diretamente com a “Rotina”, começa a nutrir uma expectativa pela recompensa. Começa a ansiar pelas endorfinas ou pelo senso de realização mesmo antes de executar a “Rotina”. Assim, a “Deixa”, além de deflagrar uma rotina, também deflagra um anseio para obter a recompensa.

Para alterar o hábito, precisamos reconhecer que é o anseio (força subjetiva e pessoal) que, de forma invisível, aciona o comportamento.O desafio é manter as “Deixas” e as “Recompensas” e associar uma nova “Rotina” com anseios capazes de manter o ciclo ativo. São os anseios que impulsionam os hábitos. Descobrir como criar um anseio torna mais fácil criar ou modificar um hábito. A não ser que você deliberadamente lute contra um hábito, o padrão irá se desenrolar automaticamente. Uma vez que alguém cria um novo padrão se torna tão automático quanto qualquer outro hábito. Se os hábitos mudam o cérebro muda.

HÁBITOS ANGULARES

Existe uma espécie de hierarquia entre os muitos hábitos que cada pessoa desenvolve. “Hábitos Angulares” são os mais importantes. Aqueles cujas mudanças provocam a reformulação e mudança de outros, como uma reação em cadeia. A mudança dos “Hábitos Angulares” dão início a um processo que, ao longo do tempo, transforma tudo. Os “Hábitos Angulares” proporcionam aquilo que é conhecido na literatura acadêmica como “pequenas vitórias”. Eles ajudam outros hábitos a prosperar, criando novas estruturas, e estabelecem culturas onde a mudança se torna contagiosa.

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ROTINAS – HÁBITOS NAS ORGANIZAÇÕES

As organizações, como resultado dos comportamentos de seus integrantes, têm hábitos que são seus padrões de trabalho, processos e rotinas. O desafio da mudança na organização é escolher por onde começar e optar por um processo capaz de unir as pessoas. É importante que todos os interessados (stake holders, sindicatos quanto os executivos, etc) concordem que a mudança do processo é importante para a organização. Os Hábitos Angulares nas organizações são aqueles que têm o poder de provocar reações em cadeia e ajudar outros bons hábitos / rotinas a se espalharem por toda a organização, transformando-a numa velocidade surpreendente. Proporcionam aquilo que é conhecido na literatura acadêmica como “pequenas vitórias”. Os Hábitos Angulares ajudam outros hábitos a prosperar, criando novas estruturas. Mudanças promovidas a partir de Hábitos Angulares estabelecem culturas onde o novo padrão se torna contagioso. Identificar e colocar em prática mudança de Hábitos Angulares em processos de inovação organizacional são fundamentais para provocar um realinhamento radical e rápidos efeitos multiplicadores (custos baixam, a qualidade sobe e a produtividade dispara) decorrentes das “pequenas vitórias”. Provocar efeito dominó, despertar outros hábitos e efeito manada que envolve todos da empresa.

fonte: http://www.consiste.com.br/portal.nsf/artigo.xsp?area=habitos

 

Você tem experiência?

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: ‘Você tem experiência?

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma.

Redação Vencedora:

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Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.

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Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.

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Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Ja peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.

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Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.

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Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.

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Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.

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Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um ‘para sempre’ pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas…

Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:

‘Qual sua experiência?’ 

Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência… experiência…

Será que ser ‘plantador de sorrisos’ é uma boa experiência?

Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!

Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:

Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?

(Publicado no jornal interno do RH – Volkswagen do Brasil – nome do candidato não mencionado)

Não Abra Mão da sua Individualidade

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Em 2017, não permita que os limites e os formatos criados por esta sociedade medíocre ditem as regras para sua vida, limitando a conquista de seus sonhos.

Nem coitadismo e nem consumismo. Nem classismo e nem egoísmo. Nada disso serve. É tudo a variação da mesma coisa.

Você é único e jamais deve abrir mão de sua individualidade em troca de interesses de grupo algum. Por outro lado, é um ser social e deve ter o compromisso de fazer a diferença no mundo com protagonismo, sendo generoso e pronto para ajudar.

O governo é seu empregado e não o seu patrão. Espere que ele o sirva e não que ele o sustente. Não negocie a sua preciosa liberdade por nada e nem ser controlado por uma minoria, seja ela azul ou vermelha.

Prolifere essa visão. Assuma o controle e não terceirize os seus sonhos. Você é o ÚNICO que pode realizá-los.

 

Fonte: Geração de Valor  (https://www.facebook.com/GeracaodeValor/)

 

 

Inovação – A sua empresa inova o suficiente?

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Inovação é o que mantém as empresas vivas. Não há como negar mais isso. Se a sua empresa não inova, muito provavelmente outra companhia virá e tomará seu lugar. E o pior, isso também afeta empresas que já foram grandes inovadoras em seus dias.

Para continuar inovando, empresas podem tomar dois caminhos: conversar com startups ou criar programas de P&D (pesquisa e desenvolvimento) dentro de suas casas.

Conheça sete grandes empresas que morreram nos últimos anos por não inovar:

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Blockbuster

Esse é um dos casos mais famosos das últimas décadas. Quem não tem memórias de ir até uma “locadora” para alugar alguns filmes? Bom. Essa era já morreu e levou a maior franquia desse segmento junto com ela.

A Blockbuster era uma companhia gigante e com uma grande clientela fiel. E mesmo assim, morreu em pouquíssimos anos, quase de maneira surreal. As pessoas deixaram de alugar DVDs para assistir através de serviço de streaming em demanda, como Netflix e o Net Now. Para piorar: a companhia pode comprar a Netflix em 2000 e não comprou. Tudo bem, na época a Netflix era só um serviço de DELIVERY de DVD. A empresa faliu em 2013.

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Kodak

Outra história famosíssima de marca super popular, reconhecida, praticamente sinônimo de seu setor e que faliu por falta de inovação. Na década de 1970, a Kodak chegou a ser dona de 80% da venda das câmeras e de 90% de filmes fotográficos. E na mesma década, ela mesmo inventou o que ia falir a empresa: a câmera digital.

Só que, prevendo que câmera digital iria prejudicar a venda de filmes, eles engavetaram a tecnologia. Duas décadas depois, as câmeras digitais apareceram com força e quebraram a Kodak. Ela até tentou sobreviver, lançou câmeras digitais, mas seu nome não era mais sinônimo de fotografia. Faliu em 2012 e acabou com uma marca famosíssima.

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Yahoo!

Em 2005 o Yahoo! era o maior portal de internet do mundo e chegou a valer US$ 125 bilhões. Pouco mais de 10 anos depois, a companhia acaba de ser vendida por um preço modestíssimo para a Verizon, apenas por US$ 4,8 bilhões. Uma fração dos US$ 44,6 bilhões oferecidos pela Microsoft em 2008, quando a empresa já estava em crise.

O que deu errado? O posicionamento da companhia e a falta de inovação. Ela poderia ser o maior portal de pesquisa da internet, mas decidiram ser um portal de mídia. Foi por isso que não compraram o Google e não conseguiram comprar o Facebook. Aliás, a primeira oportunidade de comprar o Google foi por US$ 1 milhão, quando a atual empresa mais valiosa do mundo era só uma startup.

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Xerox

Se as outras histórias são mais famosas, essa é a mais espetacular. Ela não faliu exatamente, mas vale muito menos do que duas décadas atrás, mesmo sendo uma das companhias que ajudaram a criar várias tecnologias que usamos atualmente – com um dos times mais inovadores de toda a história. E seu nome, que é sinônimo no Brasil de cópia, hoje é muito menos relevante.

O PARC (Palo Alto Research Center) da Xerox tinha objetivo de criar novas tecnologias inovadoras. E conseguiram: computadores, impressão à laser, Ethernet, peer-to-peer, desktop, interfaces gráficas, mouse e muito mais. Steve Jobs só criou a interface gráfica de seus computadores após uma visita ao centro da Xerox, no coração do Vale do Silício. E ele não foi o único a “copiar” uma tecnologia deles com o intuito de lucrar. Muitos outros o fizeram e ganharam bastante dinheiro com as tecnologias desenvolvidas pela Xerox.

Contudo, um player do mercado pouco aproveitou das tecnologias desenvolvidas pela companhia: a própria Xerox. Isso é uma prova de que não adianta ter um time de inovação dentro da sua empresa criando coisas sensacionais. Inovação também é gestão. Não adianta ter os melhores inovadores na companhia se seus gerentes não conseguem implementar essas inovações.

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MySpace

A primeira grande rede social dos Estados Unidos, que teve o mesmo destino do Orkut. O MySpace começou a ganhar fôlego e tração baseada na ideia de que as pessoas queriam se conectar com outras ao redor do mundo, dividir fotos e outras mídias. Parecia bacana, mas a plataforma estagnou.

Pouco tempo depois, o Facebook surgiu do nada e tomou o espaço do MySpace facilmente, criando inúmeras novas funcionalidades. O Facebook se tornou muito popular em pouco tempo e roubou todo o espaço que o MySpace tinha. Foi vendido e depois sumiu.

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Atari

Outra empresa do Vale do Silício que foi engolida pelos competidores por produzir produtos de qualidade questionáveis (alguém se lembra do jogo do ET?). Não bastou criar um mercado gigante de videogames praticamente sozinha, inovando com o Pong ou com o Atari 2600.

A companhia superaqueceu o mercado de videogames no início da década de 1980 e chegou a ter que enterrar milhares de fitas não vendidas e assumir o prejuízo. Quando o mercado se recuperou, outras empresas mais inovadoras haviam tomado a liderança, como a Nintendo. A Atari até tentou entrar novamente no mercado, mas nunca mais teve sucesso. Faliu, ressuscitou, faliu de novo e atual fase da empresa foi vendida em 2008 apenas para manter a valiosa marca viva.

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Blackberry

Mais uma grande empresa que faliu recentemente e que você vai lembrar do que ocorreu. A real inventora do smartphone foi a RIM no começo dos anos 2000. A companhia chegou a ter mais de 50% do mercado de celulares nos Estados Unidos, em 2007. Contudo, naquele mesmo ano, começou a sua derrocada.

O primeiro iPhone foi lançado no dia 29 de junho de 2007. A Blackberry ignorou as tecnologias que o iPhone estava trazendo, como o touch-screen e julgou que a empresa nunca seria capaz de se tornar o standard corporativo por não conseguir lidar com a segurança a nível de e-mail empresarial.

Mas a Apple dominou o mercado de consumidores pessoas-físicas e promoveu o BYOD (Bring Your Own Device, traga seu próprio aparelho) dentro das empresas. Com isso, o mercado foi redefinido e a Blackberry perdeu quase todo seu marketshare. A empresa faliu (o que foi muito bom para o ecossistema de startups de Toronto) e atualmente tenta se redefinir lentamente, com aparelhos que usam o sistema operacional Android.

E você ainda acha que não precisa inovar?

 

Fonte: http://conteudo.startse.com.br/mundo/felipe/7-empresas-gigantes-que-morreram-nos-ultimos-anos-por-nao-inovar/

Escrito por: Felipe Moreno, editor-chefe do StartSe e fundador da startup Middi e ex-editor no InfoMoney.

Quem tem medo de Uber, WhatsApp, Netflix & Cia.?

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O Uber é considerado a maior empresa de táxi do mundo, mas não possui um único veículo em seu nome. A mídia mais popular do planeta, o Facebook não produz conteúdo. O Alibaba, varejista mais valioso do mercado, não conta com depósitos de mercadorias. E o Airbnb, maior provedor global de hospedagem, não é dono de um único quarto de hotel. Com pequenas variações, é possível encontrar diferentes versões dessas afirmações na internet. Mas a mensagem é uma só: a partir de modelos de negócios inovadores e com equipes enxutas, nomes até pouco tempo desconhecidos no mercado estão atraindo investidores e consumidores, alcançando valorizações bilionárias e colocando em xeque o futuro de negócios tradicionais, como os de taxistas, hotelaria, telefonia e de tevê a cabo, entre outros.

Afinal, quem tem medo do Uber, do WhatsApp, do Netflix e do Airbnb, expoentes de um novo modo de se relacionar e satisfazer as necessidades dos consumidores? A julgar pelas reações desencadeadas nos quatro cantos do planeta, muitos atores da chamada velha economia estão incomodados com a ascensão de uma nova classe de empresas digitais. Nos casos mais extremos, como os embates entre taxistas e motoristas do Uber, o cenário lembra mais uma guerra urbana, com muitos passageiros do serviço, que usa carros pretos para transportar o consumidor, sendo literalmente retirados à força do veículo.

Desta vez, ao menos, as grandes empresas que se sentem ameaçadas por esses modelos de negócios inovadores indicam que não assistirão passivamente ao surgimento de competidores capazes de engoli-las. Cobrar regras iguais faz parte do jogo e, até onde a vista alcança, parece  uma reivindicação justa. Mas, tão urgente quanto, é necessário investir pesado em inovação e adaptar-se à nova ordem para não ser afogado pelo tsunami digital.

Na avaliação geral dos analistas, com exceção de alguns casos mais radicais, há espaço para a convivência entre os mercados tradicionais e os expoentes dessa espécie de tsunami digital. Não há dúvida de que a economia tradicional vai sobreviver, mas ela vai ter que se readequar a esse novo contexto, pois o padrão de expectativa do consumidor agora é outro.

(Por: Moacir Drska e Ralphe Manzoni Jr: – www.istoedinheiro.com.br)